quarta-feira, 18 de abril de 2012

Encontro Fortuito

Encontro Fortuito



Ainda que cúmplices do mesmo acidente
Que me causou este dispêndio mortal,
Você tornou-se minha tragédia evidente,
Minha hecatombe nocente.

Seus olhos se cruzaram com os meus
E aceitaram-me com emoção,
Se algo em si, ousou-se pela rejeição,
A própria consciência o calou

E eu também me rendi.
Sem qualquer noção
De que o realismo também pode ser
Um complexo efeito de ficção.

Recusei despertar-me
Da ilusão das nossas mentes,
Que afetou, nossos corações
E desabou em nós mesmos

Durou pouco…
Foi cruel…
Um encontro de papel…

Autor: Anónimo (... ).

Por: Denny Pinto.              

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ligação Interrompida

Ligação interrompida
Fim da telepatia...

Talvez não fosse um desejo racional
Mas quis que a chuva te molhasse
Que cada gota te lembrasse
Que estou do outro lado da ligação

Aquela que temos em comum
Sempre que há uma linha de pensamento
Quando estás presente ou quando me ausento
Pouco importa a situação

Mas quando choveu importou
Porque os desejos despertaram
Em discordância as evidências se calaram
E para quem quis encher a pança, apenas  água faltava o pão

A chuva que sempre esteve a meu favor
Não parecia opinar em sua mente
Telepatia não funcionou
O acaso não me deu razão

Pranto gotejante
Foram lágrimas que deixei,
Nas passagens onde passei
Tão glaciais quanto o orvalho no chão

Impressionante! A dor finge que passou
Porém aqueles que nisso acreditam, morrem
Todavia, os que negam, também
Se não mata-se por desgosto, morria por solidão

Ainda assim os que mataram por desgosto
Se sujeitaram a mesma
Ao destino insatisfeito, do que arde sem chama
Porque amor nasceu da própria combustão
O amor nasceu da própria alma

Quanto mais chovia
Mais eu fazia contacto
Mas se tornava difícil causar um impacto
Em prol de uma nova conexão

A cela perpétua do pensamento
É o único alicerce das minhas ideias
Se todos os dias estivessem em causa
Todas as noites estariam em questão

Abstive a respiração
Por um momento de fúria
Era inevitável, evitar o que no pensamento viria
E todas as minhas tentativas foram em vão

A chuva pretende partir.
O meu ânimo esvaiu-se todo
Foi bom de qualquer modo
Mas afinal não houve contacto

Talvez a nossa falta de incompatibilidade,
Se encontra na operadora de rede
Tente a Unitel ou a Movicel
Saia da rede fixa
Ou talvez haja um sentimento incorrigível
De uma fonte que não se percebe

A última gota foi notória
Daí a chuva cessou
E a ligação sucedeu interrompida.
«Quem estará do outro lado da linha?»

                                                              Autor: Passos De Jacinto Como (Jacinto Como)

                                                              Por: Denny Pinto

Celebre

Célebre

De mim eu faço
O mesmo célebre de sempre
Por que me exalto
Sempre que me encontro
E me despeço sempre que me deito.

De mim eu faço o deus que quero
Porque crio minhas criações
Sem opiniões alheias.

De mim eu faço
O mesmo célebre de sempre.
Um verdadeiro ilustre de mim.

                                                    ...versão do poema "Celebridade"...
                                                                    Autor: Anónimo

                                                                   Por: Denny Pinto

Procura Teu Trilho


Procura teu trilho
Não imites o dom
De quem tu admiras
Porque as palávras que o fizeram
Só a ele lhe são como lhe vai a alma

Não lhe imites o dom
Porque não resulta
A tua alma percorre
Outros caminhos

Caminhos brancos
Como os poemas brancos que ninguem levou
Caminhos virgens
Como os destinos virgens que ninguem pisou

Virgens como
Os homens e mulheres que ainda são puros
Como os olhares escuros
Nos lugares profundos e seguros
Com passageiros imaturos…
Como os poetas negros…

Brancos como
As pessoas brancas dos lugares que nevam
Pr’a onde me levam?
Pergunto às emoções claras que me albergam
Na imaginação. E eles nunca confessam…
Como os poetas brancos…

Procura teu trilho
Sem as sombras alheias
Não lhes dês ouvidos
Deixa que a epifania te beije
E o encontrarás ainda que por instinto…

(Versão Inacabado do poema:
Procura teu Trilho. )

Autor do texto:
Céus Heterón&Mos

Por:       Denny Pinto

domingo, 4 de dezembro de 2011

Parabens I-N-D-I-R-A!


PARABÉNS!

Desde que soube, desta data
Quis fazer parte deste momento,
Ao presentear-te na altura exacta,
De modo a levar-me contigo no pensamento.

O tempo parece-me a ti infinito,
A pulcritude não acaba,
Porém, para mim a quadra é escassa,
Apresso-me a não perder-te no tempo.

Intempéries me conspiram,
Não pude chegar no tempo exacto
Tramóias querem agregar-se, dar-te-ei prioridade  
Você é o fenómeno contrário de um simples facto
Ou seja, você é a noção  de grandiosidade.

Teu jeito de perfeição
É o método de fascínio
Na qual, masculinidade não projecta domínio,
Na qual poetas desilustrados encontraram motivação

Motivação esta, carecida,
Para sustentar a razão de causa
Ao alcance, os olhos visam-te aí esculpida,
Na epiderme de um poema dialogado numa prosa

Deste soluto aquoso, mergulharia em ti, sem te conhecer
E sem o medo de me afogar em teu ribeiro
Do doce, não serias o algodão
Serias o próprio algodoeiro

Eu sei, nem tudo sabes,
 Mergulharia em ti e não me afogava.

Fugi do idealismo e reencontrei-te,
Caso contrário o mundo não aguentaria esta imprevidência
A falésia do amor extinguiu, em tua existência
No cúmulo do altruísmo

Alguma alínea, algures em ti. (?)
Algo algum se passou.
Por um infortúnio, não te conheci antes
Mas sei que você amadureceu e sua inteligência fermentou

Assim como fermenta
A beleza que você não ausenta
Segundo, após segundo
Vítima dos olhares do meu mundo

Quis presentear-te com esta carta
Pagar-te o impagável
Com palavras escritas
Objectivei, ser-te notável

Mas você talvez
Não seja aquilo que alucinei,
neste papel

Se outrora seu dia não aglomerou
Não se preocupe, você será sempre especial
Para mim, a cada dia você é melhor
Você tornou o “M.A.C.A”, um lugar mais imparcial

P    A    R    A    B    É    S    !

A

R                                          

A                                         

B                                          

É                                          

S                 

Se outrora seu dia não aglomerou

Não se preocupe, você será sempre especial
Para mim.

P    A    R    A    B    É    S !

A

R
                                          
A
                                         
B
                                          
É
                                          
S


                                                       Autor: Denny Pinto 

Assari


Tudo o que disseste,
Parece mentira
E se mentira foi, então não foi real
Eu não vivi esse momento.

Denominei-te Assari, por me trazeres a ira
Por me levares ao ápice, prˈa depois me roubar
Deixas-te somente ao todo, a insanidade
E de resto, o que sobrou foi azar.

 Assari,
Procedente de anágrama
Criado em pensameento
Resultado de azafáma

Tu não és aquilo que eu pensava
Por não seres aquilo que mostras-te
Se não hoje ainda te conhecia
Se calhar, hoje ainda te amava
Se é que não te amo mais.

Ao contemplar teu rosto, descubro teu falso olhar
Por de trás conectam-se desculpas
Confessa-te, não te vou desculpar
Mas valerá a pena, acordar culpado e isento de culpas.

Renasci,
Ao renascer de um novo dia
Com um conhecimento ancestral aprendi
O rubro deste caminho, me apresenta uma nova dinastia

Quem já caminhou, numa caminhada como às que me restam
Sabe que o destino mente, que suas coordenadas não prestam
Que mesmo, num beco encurralado
Se ñ derrubares essas paredes de betão armado
Terás lutado em vão

Assim, me vou.
Sem me ralar pelas dívidas que não paguei.

Mais uma vez inconformado
Com a anatomia do meu coração
Superior ao teu; flácido e deformado
Mesmo com as extensas camadas de betão.

                                                                           Autor: Passos De Jacinto Como ( Jacinto Como)
                                                                           Por: Denny Pinto

Porque escrevo?


Meu interesse, é fazer voar por aí meus pensamentos, de forma à que falem de mim, pois enquanto minhas palávras permanecerem em vossas vozes, eu jamais morrerei. Ou seja; morrerei! Morrerei, mas minha alma permanecerá viva, ardendo em vossos corações. É... É isso mesmo; meu interesse é permanecer, eternamente vivo. Pr'a que me sintam os pais dos vossos pais e os filhos dos vossos filhos me sintam tambem.
Meu interesse é permanecer eternamente vivo.

                                                                                                      Autor: Denny Pinto